A segurança no Aeroporto de Tóquio foi a
experiência mais intensa de checagem de bagagens pela qual já passei. Eu sempre
carregava comigo uma caixa plástica de ferramentas que era a minha caixinha de
truques "estar preparada para quaisquer eventualidade". Então, se os
garotos tivessem uma dor de cabeça, tosse, resfriado, garganta inflamada,
probleminhas com cabelo, um dedo cortado, uma costura desfeita, um botão
despregado, eu estaria pronta. Eles não precisavam somente estar lindos, eles
precisavam sentir-se bem. Certo?
A caixa também servia como um kit de
maquiagem de palco, base compacta Kanebo era uma favorita
da empresa e eu também carregava todo o tipo necessidades habituais
de maquiagem que você encontraria em qualquer bolsa de maquiagem decente.
Para os oficiais japoneses do aeroporto,
eu era obviamente olhada como uma traficante de drogas. Esse era o canal
perfeito para disfarçar e transportar drogas ilegais. Eles olharam cada item,
pegaram, desenroscaram as tampas, cheiraram.
"O que é isso?" ele perguntou.
"São comprimidos para dor de
cabeça".
O rótulo por si mesmo não era
convincente o bastante.
"O que é ísso?"
"Xarope para tosse"
"O que é isso?"
"Cola"
Sim, eu estava preparada para qualquer
eventualidade e então isso continuou até eles terminarem minha coleção inteira
e finalmente deixarem-me ir depois de muito cheirarem e experimentarem e
fazerem mil perguntas, procurando por trejeitos que dessem sinais de estorinhas
de traficante sob pressão. Se eu estivesse com todo o trejeito é porque todo
mundo já havia saido da alfândega e estavam esperando por mim do outro lado.
Os japoneses tinham um código
comportamental bastante rígido que era esperado que as fãs seguissem. Os shows
eram com assentos e sob nenhuma circunstância aos fãs era permitido
levantarem-se e muito menos invadirem corredores. A segurança local mantinha-se
inflexivel quanto as regras. As fãs se seguravam, mas parecia que elas estavam
prontar para explodir. O que de fato veio a acontecer depois do show, quando
elas se reuniram em um grande número do lado de fora da segurança, esperando
para vislumbrar os seus galãs.
Foi decidido que eu deveria sair em uma
limousine pra disfarçar, então a banda poderia fugir por outra saída. Um dos
roadies me acompanhou na traseira da limousine e tão logo nós saimos da
segurança, fomos atacados. A limosine tinha japonesinhas paradas em torno dela,
gritando no tom mais agudo que você possa já ter ouvido. Pense em vampiros,
pense em horror. Nós não podiamos mover dado o número de corpos e faces
amassados em cada centimetro do veículo. Realmente perigoso para elas e eu não
estava 100% segura também, foi realmente claustrofóbico. Elas não conseguiam se
conter, elas queriam a carne do Duran. Elas estavam fora de controle, toda a
dignidade japonesa foi deixada de lado e a histeria reinou.
Sair pra comer fora no Japão era nosso
passatempo favorito. Havia um restaurante em Tóquio que tinha assentos estilo
bancada em torno de alguns chefs que cortavam o alimento a uma velocidade
vertiginosa. Você tinha que prestar atenção por que quando seu pedido estivesse
pronto, o chef pegava sua pá de madeira, não muito diferente em aparência de
uma pá de neve com um cabo extra-longo, lançava pela sala a comida em sua
direção com um grito kamikaze, o que significava que você tinha que pegar a
comida rapidamente. Creio que ele dissesse o nome da comida, mas ele dizia com
tal paixão e por eu desconhecer o idioma japonês, tinha um efeito muito
dramatical. Não é a experiência gastronômica mais relaxante, mas muito
divertido.
Compras era outro passatempo favorito.
Nick em particular abraçou a oportunidade de comprar mercadorias eletrônicas e
equipamentos a preço baixo, as roupas eram coloridas e bem cortadas, nós todos
encontramos uma camiseta ou duas bem legais e os quimonos de seda eram
presentes lindos para trazer na mala. Sim, nós amamos fazer compras.
Enquanto eu estava fazendo compras com Nick em Tóquio, trombamos com David Sylvian,
lider do Japan, lá no Japão. Nós realmente presumimos que ele amasse o lugar.
Nós também.
Amanda.
x
Traduzido por Lu Spi
Texto original:
Nenhum comentário:
Postar um comentário