quinta-feira, 18 de setembro de 2014

ESPAÇO MENSAL DO COLECIONADOR

TEXTO ORIGINAL: http://www.duranduran.com/wordpress/2014/september-collectors-corner/

TRADUÇÃO: DIANA DA CRUZ

18 de setembro de 2014




Junte-se a festividade de "Carnival"!


No final do verão 1982, a EMI tinha algumas ideias sobre como aumentar as vendas de RIO, originalmente lançado em maio do mesmo ano. A MTV mania estava apenas começando, e era o momento certo. Parte do seu plano era incluir os remixes de David Kershenbaum para um EP. O resultado, CARNIVAL, o qual foi lançado em setembro de 1982 em apenas três grandes territórios, os quais serão descritos a seguir. Isso já fez deste EP algo colacionável! Olhando mais de perto, muitos tomaram nota de que todos os três EPs de CARNIVAL têm músicas e capas diferentes. Algo raro para colecionar!

Curiosamente, o CARNIVAL não conseguiu um lançamento no Reino Unido, no entanto, ele foi lançado na Espanha e na Holanda, para distribuição em toda a Europa. À primeira vista, a única diferença entre estes dois lançamentos é a tradução dos títulos das músicas e o nome ('Carnaval') na capa da versão espanhola. Se você ouvir as faixas da versão espanhola, no entanto, você descobrirá que a versão de "Rio" é, na verdade, a versão “parte 1” em vez de ser a “Night Version” que foi lançada na versão holandesa.

Colecionadores também saberão que existe uma versão holandesa com uma capa com erro de impressão a qual é muito difícil de encontrar. Esta capa menciona "Hold Back The Rain" em vez de "Planet Earth" – caso você possua esta versão, então você é o dono deste tesouro!

Lista das músicas do vinil Holandês / Espanhol:
1.         Hungry Like The Wolf (Night Version) – 5.12
2.         Rio (Night Version) – 6.36 (Espanhol possui a “Parte 1” versão de 5:10)
3.         Planet Earth (Night Version) – 6.20
4.         Girls On Film (Night Version) – 5.45 (um pouco mais longa do que a versão do vinil de 12 polegadas)




Para os lançamentos nos EUA e Canadá de CARNIVAL pela Capitol Records foram usados os remixes de Kershenbaum de "My Own Way" e "Hold Back The Rain", porém "Rio" não foi inclusa.

Lista das músicas do vinil Americano/ Canadense
1.         Hungry Like The Wolf (Night Version) – 5.12
2.         Girls On Film (Night Version) – 5.26
3.         Hold Back The Rain (Carnival Remix) – 7.00
4.         My Own Way (Carnival Remix) – 4.29




A terceira versão de "Carnival" foi lançada no Japão e em Taiwan. Mais uma vez, a lista de músicas é diferente; nenhuma música do álbum de estreia do Duran Duran foi usada, pois  ​​como estes já haviam sido inclusos em seu primeiro EP japonês "NITE ROMANTICS". Talvez a melhor característica desta versão, junto à capa e encarte muito atraentes está um remix de “New Religion” o favorito de todos os tempos entre os fãs.  Esta versão não estava disponível fora do Japão até o lançamento do CD duplo “Strange Behaviour” em 1999. Embora na capa da versão japonesa mencione que a parte II de "Rio" é destaque, na verdade é o total da versão de 7 polegadas. Diz à lenda que usaram a matriz errada para esta faixa.

Lista das músicas no vinil Japonês/ Taiwan:
1.       Rio (Part II)* – 5.02 (*na verdade a versão completa do vinil de 7 polegadas 5:02)
2.         Hold Back The Rain (Re-mix / Carnival Remix) – 7.00
3.         My Own Way (Night Version) – 6.34
4.         Hungry Like The Wolf (Night Version) – 5.12
5.         New Religion (Carnival Remix) – 5.13



Caso tenha uma conta no Spotify, Ouça aqui a versão remix de "New Religion" no álbum CARNIVAL.

Sugerimos que dê uma olhada no seu vinil CARNIVAL e nos diga qual o seu remix favorito!


Criado por Peter Brinkhof / Editado por Katy Krassner / Imagens por Peter Brinkhof

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

ESTA É A NOSSA FESTA !!!

TEXTO ORIGINAL: http://dailyduranie.com/2014/09/10/its-our-party/

TRADUÇÃO: DIANA DA CRUZ





Eu tenho algo chocante para compartilhar com todos vocês. Penso que, por questão da segurança, provavelmente todos devem estar sentados enquanto lêem esta frase a seguir:
The Daily Duranie completará quatro anos, no sábado.
Eu não sei para onde foram os últimos quatro anos. Lembro-me como se fosse ontem o dia em que comecei este blog (no Blogger, mudamos para WordPress em janeiro). Além disso, eu fico realmente em choque pelo fato das pessoas ainda LEREM o blog...  e mais ainda, o que surpreende Amanda e eu o fato de descobri o quanto escrevemos. Escrever para blog todos os dias durante quatro anos. No início escrevíamos uma vez ao dia, agora escrevemos pelo menos duas vezes, e às vezes quatro ou mais. É como se estivéssemos viciadas!  
Então, em homenagem a esta ocasião, no verdadeiro estilo fashion Duranie (ou Daily Duranie)  -  estamos em festa e convidamos todos vocês! No próximo sábado dia 13 de setembro, realizaremos uma festa on-line usando o Twitter e o Facebook.
O que, porém deixa-me muito animada, é que finalmente iniciei um canal do YouTube, e estou no processo de compilação e elaboração de uma playlist especial para a nossa festa de aniversário !! (Não é justo espreitar antes do tempo!) Nossa playlist vai ser composta de muitas imagens e vídeos, entrevistas e clipes dos shows que nós mais amamos! (Amanda e eu. É o nosso grupo, temos que escolher. LOL¹). Você provavelmente deve preparar-se para ver muitos momentos sobre o John Taylor, momentos Josi², momentos Dojo³, e Dom Brown.
Vai ser um dia muito “difícil” tanto para Amanda quanto para mim, como vocês podem dizer provavelmente.
Algo importante que vocês devem saber:
Data: sábado, 13 de setembro.
Início: 15h00 – 19h00 - Horário de Brasília

Nós tentamos proporcionar um horário o qual seria pelo menos satisfatório para tantos Duranies possíveis (estamos na expectativa de que o evento não seja somente uma conversa entre Amanda e eu o dia todo, mas se for... teremos diversão de qualquer forma!), e a festa é com quatro horas de duração, pois bem, o blog está fazendo quatro anos!!
Atividades: Amanda e eu estaremos em tempo real no twitter e no Facebook durante as quatro horas. A hashtag para o evento é #DailyDBday14, e começaremos a playlist com um "Happy Birthday Daily Duranie" em nosso canal no YouTube às 15hs (horário de Brasília) . Enviaremos o link do vídeo via twitter ou facebook, de forma que a qualquer momento durante a festa você poderá encontrá-lo na playlist e participar.

Bebida do dia: Este é o Daily Duranie. Você acha que não haveria uma bebida como sugestão?!? Nós bebemos vodca gins - então essa é a bebida. No caso de você precisar da receita:
Vodka Tonic
Vodka (Nós gostamos da marca Tito e Grey Goose, mas a escolha é sua)
Água tônica
Gelo
Limão ( é realmente importante, IMO4.)

Despeje pelo menos uma dose de vodka (eu disse, pelo menos, mas isso é você quem decide - lembre-se a vida é uma maratona, não uma corrida) em um copo pequeno com gelo. (ou um copo grande, se vocês são como nós e preferem duplos. Não sei o que isso pode representar sobre nós :P). Encha o restante do copo com água tônica. Finalize com um pouco de limão e em seguida, misture. FÁCIL!

Jogos: Esta é uma festa de aniversário, é CLARO que há games!! Vamos ter um drinking game o qual será anunciado nos próximos dias, e também haverá dois super brindes especiais que serão anunciados na festa (um no Facebook e outro no Twitter)!

Apreciamos de verdade o apoio que temos recebido da comunidade ao longo dos anos. Sabemos que nem todo mundo aprecia ou gosta do que fazemos, mas esperamos que para aqueles que optaram por ler a cada dia ou  semana o nosso blog, estamos fazendo uma comunidade divertida. Realmente queremos fazer mais para tornar essa comunidade uma espécie de "clube de fãs" que muitos de nós já imaginamos ao longo dos anos, mas isso leva tempo e dinheiro. Nós fazemos o que podemos desta forma, nós realmente precisamos de seu apoio!
Se você realmente quiser nos ajudar, venha participar no sábado, visite a nossa loja online Cafepress e apóie o Daily Duranie caso já não tenha feito, assista alguns vídeos, e vamos nos divertir !!
-R
Observações importantes:


1.  LOL – acrônimo que em inglês significa Laugh out loud / Laughing out loud – ou em bom português – rindo alto.  Expressão utilizada nas redes sociais para designar a sensação de satisfação ou felicidade. http://www.dicionarioinformal.com.br/lol/


2.  JoSi – acrônimo utilizado pelos fãs do Duran Duran, para referirem-se aos membros da banda: John e Simon respectivamente.


3. DoJo – acrônimo utilizado pelos fãs do Duran Duran, para referirem-se aos membros da banda: Dom e John respectivamente.


4.  IMO – sigla utilizada na internet “In My Opinion” –  que siginifica em minha opinião.

sábado, 30 de agosto de 2014

A HISTÓRIA DO FASHION ROCKS

TEXTO ORIGINAL: http://www.fashionrocks.com/events/

TRADUÇÃO: DIANA DA CRUZ





Fashion Rocks está de volta!

A volta do Fashion Rocks® será como um especial de televisão comemorando a poderosa relação entre moda e música sendo transmitido pela CBS (9: 00-11: 12:00, ET / PT) dia 9 de setembro de 2014, o vencedor do Emmy Award Ryan Seacrest será o apresentador do evento que será transmitido ao vivo direto do Barclays Center, no Brooklyn, em um espetáculo de duas horas. A noite contará com apresentações de alguns dos mais influenciáveis nomes no cenário musical, ao lançar tendências, essa lista inclui Afrojack, Duran Duran, Jennifer Lopez, KISS, Miranda Lambert, Nico & Vinz, Pitbull, Rita Ora, The Band Perry e Usher.

2014


Fashion Rocks na América Latina

Em 2009, o primeiro evento da América Latina aconteceu na cidade do Rio de Janeiro, Brasil, apresentando estilistas como Riccardo Tisci, Lenny Niemeyer, Calvin Klein, Lino Villaventura, André Lima, Marc Jacobs, Alexandre Herchcovitch e Donatella Versace. O evento foi apresentado pela modelo Fernanda Lima e o rapper Diddy. As atrações musicais foram: Mariah Carey, Wanessa, Ja Rule, Diddy-Dirty Money, Daniela Mercury, Grace Jones, Estelle, Ciara e Stop Play Moon.

2009




Fashion Rocks ajuda o Stand Up to Cancer

O evento de 2008 em Nova York foi apresentado por Denis Leary e teve as participações de Ciara, Rihanna, Justin Timberlake, Miley Cyrus, Beyoncé, Mariah Carey, Fergie, Keith Urban, as Pussycat Dolls e The Black Eyed Peas. O valor arrecado no evento foi destinado para a organização Stand Up To Cancer¹.

2008




Samuel L. Jackson: Fashion Rocks retorna a Londres

Em outubro de 2007 o Fashion Rocks por meio da organização The Prince’s Trust²  voltou para o Royal Albert Hall, em Londres, e foi apresentado pelos superstars de Hollywood Samuel L. Jackson e Uma Thurman. Artistas que participaram: Alicia Keys, Razorlight, Joss Stone, The Gossip, Shirley Bassey, Iggy Pop e Sugababes com Pattil Labelle. Enquanto que o evento de Conde Nast em 2007 teve as apresentações de artistas como Aerosmith, Avril Lavigne, Mary J. Blige, Usher, Jennifer Hudson, Santana, Alicia Keys, Carrie Underwood, Lily Allen, Maroon 5 e Jennifer Lopez.

2007



Fashion Rocks Monte Carlo e Nova York

Mais uma vez dando início a semana do Fashion Week de Nova Iorque, em 2006 o Fashion Rocks foi apresentado por Elton John, o valor arrecadado no evento foram destinados ao Elton John AIDS Foundation³. Entre os artistas que se apresentaram estavam: Beyoncé, Jay-Z, Christina Aguilera, The Black Eyed Peas, e Nelly Furtado.

2006




Fashion Rocks Monte Carlo e Nova York

O segundo evento Europeu da organização Prince’s Trust foi realizado em 17 de outubro de 2005, no Fórum Grimaldi, em Monte Carlo e foi patrocinado pela Swarovski. Apresentado por Jerry Hall, e uma dúzia de designers presentes naquela noite, incluindo Alexander McQueen, Calvin Klein, Dolce & Gabbana, Giorgio Armani, Prada, Roberto Cavalli, Versace e Vivienne Westwood. Os convidados musicais foram: Blondie, Mariah Carey, Bon Jovi e Jamie Cullum.

Condé Nast realizou seu evento em 8 de setembro de 2005, no Radio City Music Hall, que deu início a Semana de Moda em Nova Iorque. Entre os artistas que estavam naquela noite: David Bowie, Gwen Stefani, Duran Duran, Alicia Keys, Shakira, Billy Idol, Arcade Fire e Destinys Child (em sua última aparição na tv como um grupo). O valor arrecadado foi destinado para ajudar os afetados pelo furacão Katrina.

2005




Primeiro Fashion Rocks nos Estados Unidos

Em 2004, a Conde Nast realizou o primeiro Fashion Rocks Americano na cidade de Nova Iorque durante a Semana de Moda. Os artistas daquela noite foram: Alicia Keys, Beyoncé, Usher com Dave Navarro, e as Pussycat Dolls.

2004


Fashion Rocks:

Como tudo começou

O primeiro Fashion Rocks foi realizado ao vivo no Royal Albert Hall, em Londres, em 15 de outubro de 2003. Dezessete designers apresentaram-se naquela noite, incluindo Donatella Versace e Alexander McQueen; entre os artistas estavam Beyoncé, Robbie Williams, Grace Jones, Milla Jovovich, Blue e Duran Duran. O valor arrecadado foi destinado para a instituição The Prince’s Trust.

2003



Eventos Ao Vivo

Brooklyn, New York

Os eventos beneficentes da marca Fashion Rocks tem reunido desfiles dos estilistas mais famosos do mundo e apresentações ao vivo dos maiores nomes da música. Os eventos Fashion Rocks foram sediados em todo o mundo para apoiar uma variedade de causas nobres, e sempre atraiu talentos mundiais.

Fashion Rocks Worldwide é o proprietário dos direitos de propriedade intelectual sobre a marca Fashion Rocks e licenças subsidiadas para estes eventos ao vivo em todo o mundo.



Próximo Evento

Nova Iorque, 09 de setembro de 2014

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Informações importantes:

  1. https://www.standup2cancer.org/
  2. https://www.princes-trust.org.uk/
  3. http://ejaf.org/

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

ESPAÇO MENSAL DO COLECIONADOR

TEXTO ORIGINAL: http://www.duranduran.com/wordpress/2014/duran-duran-monthly-collectors-corner-august-2014/

TRADUÇÃO: DIANA DA CRUZ


21 de agosto de 2014

INGRESSOS POR FAVOR...

Uma das coisas mais naturais para um fã é começar colecionando os canhotos dos ingressos. Se você vai a um show, e normalmente quando acaba você fica com o canhoto, então você já está no caminho certo. Tudo que você precisa fazer é tomar a decisão consciente para conservar o canhoto e boom! Você é um colecionador. A experiência ao vivo oferece a oportunidade para outras formas de coleção ​. Vamos dar uma olhada.

 canhotos mais recentes de 1984 a 2006


Depois de iniciar a coleção de ingressos, você pode achar que não está adquirindo canhotos com tanta rapidez. Felizmente, você pode saltar pela linha do tempo e completar sua coleção online, o que lhe permite mergulhar na rica história do Duran Duran, de volta aos primórdios da carreira.

canhotos antigos de 1980 a 1982


Uma vez iniciada a coleção, o próximo passo são os crachás de acesso e o set lists! Esses itens são um pouco mais difíceis de serem adquiridos do que o ingresso que você tem, pois pagou para entrar no show.

A maioria dos fãs associados que conseguem esse “passe de acesso” entram nos bastidores depois do show, mas os passes têm muitas funções, controlando todos os níveis de acesso tanto para a equipe de produção como para as pessoas no dia do show e durante toda a turnê. Há geralmente dois tipos de passes: os laminados e os adesivos. Cartões laminados são fornecidos apenas para os mais altos níveis de equipe. Passes estilo etiqueta são dados no dia a dia de acordo com a necessidade que surge, como por exemplo, para a imprensa. Este é o mais comum "acesso aos bastidores".

cartões de acesso


O set list mostra a ordem de seqüência das músicas no show e é entregue a cada membro da banda que o mantém em algum lugar próximo, onde é fácil de ver. No início de carreira do Duran Duran, os sets lists eram escritos à mão, mas hoje em dia eles geralmente são impressos.

set lists

Palhetas denominadas guitar picks para os americanos (plectrums para os nossos amigos no Reino Unido e Austrália) e as baquetas sempre foram excelentes itens para colecionar. Mas, a banda tem apenas um guitarrista e o baixista que prefere tocar com os dedos, por isso há um número muito limitado de palhetas que são atiradas para a multidão, e, geralmente, apenas um conjunto de baquetas para ser doada a plateia.


palhetas 

Você já teve a sorte de conseguir uma baqueta, palheta ou um set list em um show o qual assistiu? Gostaríamos muito de ouvir sua história no Facebook ou no Twitter!


Criado / Editado por Derek Supryka. Fotos por Derek Supryka
Criado por Derek Supryka / Editado por Katy Krassner / Imagens por Derek Supryka.

terça-feira, 26 de agosto de 2014

PREFÁCIO DE NICK RHODES - PARTE 02

TEXTO ORIGINAL: MAD WORLD BOOK 


AUTORES: LORI MAJEWSKI E JONATHAN BERNSTEIN

TRADUÇÃO: DIANA DA CRUZ






Em outras partes do mundo, a Austrália gerou o INXS, quem poderia conviver confortavelmente com as bandas britânicas. No entanto, nos Estados Unidos, o DNA musical tinha se metamorfoseado em formas diferentes. The Velvet Underground indiscutivelmente inventou a música alternativa. Os Stooges e New York Dolls semearam o inicio para uma nova onda. Patti Smith, Ramones, Richard Hell e os Voidoids, os B-52’s, Television, Blondie e Talking Heads eram artistas em evolução seminal, através de meados dos anos setenta a cena do CBGB¹, os dois últimos artistas os quais passaram a produzir alguns dos álbuns mais significativos do início dos anos oitenta.

Apesar das incursões realizadas pela cena de Nova York e algumas outras bandas isoladas, tais como Devo, a América ainda tinha uma propensão nacional a gravitar em torno do rock tradicional. Parecia improvável que artistas internacionais estavam quebrando o bloqueio da rádio na década de oitenta, mas a mudança estava a caminho sobre as ondas. Várias estações alternativas começaram a surgir. WLIR em Long Island e KROQ, em Los Angeles tornaram-se uma das primeiras. Elas desenvolveram um idioma de áudio contemporâneo em contraste com a velha guarda, mostrando o bravo e o novo. Isso proporcionou uma plataforma para as bandas aspirantes do Reino Unido, as quais se aventuravam pelo litoral dos EUA pela primeira vez de um sonho que romperia essa barreira. Como o formato de rádio cresceu exponencialmente, uma segunda transmutação ocorreu desta vez por meio da TV a cabo: o lançamento da MTV, um canal musical 24 horas no ar. Esses fatores contribuíram muito para uma mudança sísmica. A segunda invasão britânica estava em andamento nos Estados Unidos, e a força combinada dos seus novos sons romperam as portas.

No mundo da música de hoje, não são muito diferentes os fatores de elaboração das carreiras dos músicos aspirantes. Trata-se de um reflexo dos nossos tempos e atitudes sociais. Se não houvesse o reality show, e a Internet não tivesse se tornado um portal central em nossas vidas, então a música teria avançado de maneiras diferentes. Em minha opinião, enquanto na realidade a TV cria oportunidades para alguns, ela tira as oportunidades dos outros. A rádio comercial tem playlists cada vez mais curtas, e o que é transmitido para o público ouvir em muitos aspectos é mais conservador e estereotipado. As poucas grandes gravadoras remanescentes agora passam bem menos tempo e dinheiro no desenvolvimento dos artistas. Através da exposição maciça na TV, os artistas são rapidamente empurrados para os holofotes, frequentemente despreparados, e em seguida, geralmente explorados dentro dos limites de um espírito de sobrevivência. As consequências desta evolução estabeleceu uma cultura em que o público tem um déficit de atenção, com artistas cada vez mais efêmeros, achando mais difícil sustentar uma carreira.

Mas a maneira como consumimos música agora é provavelmente a maior mudança de todas. Tudo está disponível em todos os lugares, 24 horas por dia, on-line, existem opções incessantes, de cada período concebível e gênero. A dificuldade está em tomar uma decisão...

Claro, houve alguns outros desenvolvimentos espetaculares também, como a capacidade de criar uma canção em seu quarto com um programa básico de computador, em seguida, transmiti-lo on-line instantaneamente a uma audiência potencialmente imersa. Este tipo de liberdade abriu uma caixa de Pandora² para a geração digital e, sem dúvida, produziu alguns artistas notáveis ​​que rompem as fronteiras musicais, particularmente dentro dos gêneros urbanos da dance-music e o eletrônico.

Pessoalmente, eu sempre acompanhei o progresso e tenho pouco tempo para a nostalgia, mas é importante colocar tudo no contexto e apreciar as melhores coisas que cada período tem a oferecer. Cada banda tem sua própria história. Tivemos a sorte de crescer numa época em que a invenção, a experimentação, o estilo e a inovação foram aplaudidos. Era uma cultura em que à preferência era para aqueles que se destacassem na multidão, em vez de estarem nela. Artistas eram musicalmente aventureiros, menos impulsionados pelo comércio, e seu principal objetivo era criar uma música extraordinária. Se você passou pelo sucesso comercial, a fama era um subproduto, e não uma prioridade. Músicas singulares e excêntricas muitas vezes misturadas nas paradas tradicionais. O público foi de mente aberta, e havia uma verdadeira apreciação pelas ideias e a imaginação do momento.

A única coisa que permanece tão verdadeira atualmente como na década de oitenta: Embora os que fossem adolescentes ou estivessem com seus 20 anos tivessem um vocabulário musical limitado, estes continuam sendo a fonte chave para a mudança na música. Possivelmente, é a energia juvenil, a arrogância, uma crença cega de que estão certos. Ou talvez seja algo verdadeiramente intuitivo o qual aprenderam por estudarem bem de perto um microcosmo de músicas ecléticas do passado e do presente. Para nós, quando começamos o Duran Duran, estávamos absolutamente convencidos de que estávamos certos. Nosso som seria o futuro. Talvez essa seja a verdade para todos os artistas jovens. Se você não acreditar em si mesmo, ninguém mais o fará.
  
                                                                                                                   NR, Londres, 2013


_________________________________

Informações importantes: 

1. CBGB = sigla do extinto clube em Nova York na década de 70, o qual voltou a funcionar em 2012. Saiba mais:  http://g1.globo.com/pop-arte/musica/noticia/2012/05/cbgb-clube-berco-do-punk-voltara-fazer-barulho-em-nova-york.html


2. Caixa de Pandora = Pandora foi enviada para Epimeteu, que já tinha sido alertado por seu irmão a não aceitar nada dos deuses. Ele, por “ver sempre depois”, agiu de forma precipitada e ficou encantado com a bela Pandora. Ela chegou trazendo uma caixa (não era necessariamente uma caixa, mas um jarro) fechada, um presente de casamento para Epimeteu.
Epimeteu pediu para Pandora não abrir caixa, mas, tomada pela curiosidade, não resistiu. Ao abrir a caixa na frente de seu marido, Pandora liberou todos os males que até hoje afligem a humanidade, como os desentendimentos, as guerras e as doenças. Ela ainda tentou fechar a caixa, mas só conseguiu prender a esperança.

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

PREFÁCIO DE NICK RHODES NO LIVRO MAD WORLD

TEXTO ORIGINAL: MAD WORLD BOOK - PREFÁCIO - PARTE 01

AUTORES: LORI MAJEWSKI E JONATHAN BERNSTEIN


TRADUÇÃO: DIANA DA CRUZ







Os anos setenta foram um período notável para a música moderna, produzindo uma enorme diversidade de artistas com vários gêneros. O Rock foi dividido em subcategorias: progressivo, glam, heavy metal, hard rock e art rock. Durante uma década, estranhamente, esses sons co-habitavam a mesmas ondas de rádio ao lado do reggae, disco, electro, funk e punk. No final dos anos setenta, o hip-hop e o rap tinham começado a surgir. Não havia regras, mas de alguma forma, ter uma identidade única foi um requisito, e até mesmo os artistas seguiram uma tendência invariavelmente as quais esculpiram as suas próprias personalidades. Tudo era feito de forma artesanal: analógico, sem computadores, e nenhum ajuste digital para a voz.

Minha vertente do rock era o glam, onde Bowie. T. rex, Roxy Music, Sparks, and Cockney Rebel foram responsáveis pela trilha sonora da minha juventude. Cada um tinha um som cativante, individualmente e juntos contaram a estória que eu queria ouvir através desses tempos na Grã-Bretanha. Outros garotos na escola estavam perdidos em uma névoa de Pink Floyd e Genesis, ou estavam na fila sem fim para garantir ingressos do Led Zeppelin. Todos éramos  membros de diferentes facções, mas onde quer que pertencíamos, a música era inspiradora. Foi uma voz importante na nossa cultura, um meio para a nossa geração expressar a sua singularidade.

Em 1976, de repente, tudo o mais parecia ultrapassado. O Punk estourou por toda parte invadindo todas as regiões. Ele transformou a maneira como éramos. Foi uma revelação, um aumento sem precedentes de energia, mas também acabou rápido. Foi a partir dessas cinzas que a música da década seguinte estava para surgir. Bandas como The Police, The Cure, e Siouxie and the Banshees já havia estabelecido seu próprio som e foram capazes de conduzir suavemente aos anos oitenta. Adam and the Ants remodelou e fez a transição. Generation X não fez - embora Billy Idol tivesse ressurgido como um artista solo em 1981.

No pós-punk, houve resultados inesperados. Estar em uma banda, agora parecia surpreendentemente possível; os obstáculos foram removidos. Tudo era mais acessível. Gravadoras Indie estavam prosperando. Pequenas boates foram surgindo em cada cidade. A imprensa musical estava ativamente procurando o próximo som. Havia até mesmo oportunidades de tocar no rádio tarde da noite. Atitude e ideias tinham derrubado o virtuosismo musical. Apenas alguns anos antes, quando superstars eram intocáveis​​, nada disto teriam sido atingidos.

A tecnologia foi avançando rapidamente, e o sintetizador estava finalmente acessível, resultando em um fluxo de artistas que integrou o estilo  eletrônico em seu som orgânico. Gary Numan, Ultravox, e Japan estão entre os que conectaram as décadas. The Human League se tornou um das primeiras bandas puramente eletrônica da Grã Bretanha, e Joy Division uniu o punk, sintetizadores e as batidas para abrir caminho, o caminho para tudo o que viria na sequencia, através da névoa deste período, uma nova onda de bandas tinham nascido e tramavam sua entrada triunfal. Aqueles se que materializaram incluo U2, Depeche Mode, Spandau Ballet, Culture Club, Tears For Fears, The Smiths e Duran Duran. Enquanto cada um de nós tinha sons e visões totalmente distintos, havia um fio condutor em comum: Todos nós tínhamos experiência de vida no Reino Unido durante os anos setenta, sob o mesmo céu cinzento, suportando a turbulência política e a agitação social. Eram diferentes reflexões de pontos de vista semelhantes, reacionários ao nosso redor. Alguns escolheram expressar a escuridão, outros olhavam em direção à luz. No caso do Duran Duran, nós tentado encontrar um equilíbrio entre os dois. Queríamos levantar o ânimo das pessoas, ao invés de lutar contra a miséria com a miséria. Se você se limita a preto e branco, você pode criar algumas belas imagens, mas às vezes nós queríamos simplesmente usar por completo, o colorido na tela.


Embora, por um período de dois anos, eu estivesse aficionado pelo punk, foi em 1977 que descobriu decentemente a música eletrônica via Kraftwerk, que provou ser uma inspiração duradoura. Mais tarde nesse ano, também ouvi a canção "I Feel Love", de Donna Summer, e isso teve uma influência profunda sobre a forma como eu percebia a música a partir desse ponto. Além disso, ela me levou em direção a uma maior valorização do Disco; agora o Chic estava ao lado de Clash em minha coleção de vinil. Estes elementos, fundiram-se com muitas outras referências estilísticas, formaram a base para o Duran Duran: a energia crua do punk, ritmos da discoteca, as batidas do eletrônico, e o estilo do Glam Rock, que já estava profundamente enraizado em nossa consciência. Era o manifesto de uma banda que finalmente definiu suas características e os distinguem de seus contemporâneos. De um modo geral, os artistas que surgiram ao longo deste período, tomando as suas influências a partir do mesmo conjunto de antecessores musicais. No entanto, não há dúvida de que, se todos os membros dessas bandas se reunissem, as opiniões sobre os méritos de tais artistas iriam variar enormemente. Dito isso, estou extremamente confiante de que haveria uma exceção: Concordamos de maneira unânime que David Bowie foi a influência fundamental comum em todos os nossos estilos musicais coletivos.

PREFÁCIO DE NICK RHODES NO LIVRO MAD WORLD

TEXTO ORIGINAL: MAD WORLD BOOK - PREFÁCIO - PARTE 01

AUTORES: LORI MAJEWSKI E JONATHAN BERNSTEIN


TRADUÇÃO: DIANA DA CRUZ







Os anos setenta foram um período notável para a música moderna, produzindo uma enorme diversidade de artistas com vários gêneros. O Rock foi dividido em subcategorias: progressivo, glam, heavy metal, hard rock e art rock. Durante uma década, estranhamente, esses sons co-habitavam a mesmas ondas de rádio ao lado do reggae, disco, electro, funk e punk. No final dos anos setenta, o hip-hop e o rap tinham começado a surgir. Não havia regras, mas de alguma forma, ter uma identidade única foi um requisito, e até mesmo os artistas seguiram uma tendência invariavelmente as quais esculpiram as suas próprias personalidades. Tudo era feito de forma artesanal: analógico, sem computadores, e nenhum ajuste digital para a voz.

Minha vertente do rock era o glam, onde Bowie. T. rex, Roxy Music, Sparks, and Cockney Rebel foram responsáveis pela trilha sonora da minha juventude. Cada um tinha um som cativante, individualmente e juntos contaram a estória que eu queria ouvir através desses tempos na Grã-Bretanha. Outros garotos na escola estavam perdidos em uma névoa de Pink Floyd e Genesis, ou estavam na fila sem fim para garantir ingressos do Led Zeppelin. Todos éramos  membros de diferentes facções, mas onde quer que pertencíamos, a música era inspiradora. Foi uma voz importante na nossa cultura, um meio para a nossa geração expressar a sua singularidade.

Em 1976, de repente, tudo o mais parecia ultrapassado. O Punk estourou por toda parte invadindo todas as regiões. Ele transformou a maneira como éramos. Foi uma revelação, um aumento sem precedentes de energia, mas também acabou rápido. Foi a partir dessas cinzas que a música da década seguinte estava para surgir. Bandas como The Police, The Cure, e Siouxie and the Banshees já havia estabelecido seu próprio som e foram capazes de conduzir suavemente aos anos oitenta. Adam and the Ants remodelou e fez a transição. Generation X não fez - embora Billy Idol tivesse ressurgido como um artista solo em 1981.

No pós-punk, houve resultados inesperados. Estar em uma banda, agora parecia surpreendentemente possível; os obstáculos foram removidos. Tudo era mais acessível. Gravadoras Indie estavam prosperando. Pequenas boates foram surgindo em cada cidade. A imprensa musical estava ativamente procurando o próximo som. Havia até mesmo oportunidades de tocar no rádio tarde da noite. Atitude e ideias tinham derrubado o virtuosismo musical. Apenas alguns anos antes, quando superstars eram intocáveis​​, nada disto teriam sido atingidos.

A tecnologia foi avançando rapidamente, e o sintetizador estava finalmente acessível, resultando em um fluxo de artistas que integrou o estilo  eletrônico em seu som orgânico. Gary Numan, Ultravox, e Japan estão entre os que conectaram as décadas. The Human League se tornou um das primeiras bandas puramente eletrônica da Grã Bretanha, e Joy Division uniu o punk, sintetizadores e as batidas para abrir caminho, o caminho para tudo o que viria na sequencia, através da névoa deste período, uma nova onda de bandas tinham nascido e tramavam sua entrada triunfal. Aqueles se que materializaram incluo U2, Depeche Mode, Spandau Ballet, Culture Club, Tears For Fears, The Smiths e Duran Duran. Enquanto cada um de nós tinha sons e visões totalmente distintos, havia um fio condutor em comum: Todos nós tínhamos experiência de vida no Reino Unido durante os anos setenta, sob o mesmo céu cinzento, suportando a turbulência política e a agitação social. Eram diferentes reflexões de pontos de vista semelhantes, reacionários ao nosso redor. Alguns escolheram expressar a escuridão, outros olhavam em direção à luz. No caso do Duran Duran, nós tentado encontrar um equilíbrio entre os dois. Queríamos levantar o ânimo das pessoas, ao invés de lutar contra a miséria com a miséria. Se você se limita a preto e branco, você pode criar algumas belas imagens, mas às vezes nós queríamos simplesmente usar por completo, o colorido na tela.


Embora, por um período de dois anos, eu estivesse aficionado pelo punk, foi em 1977 que descobriu decentemente a música eletrônica via Kraftwerk, que provou ser uma inspiração duradoura. Mais tarde nesse ano, também ouvi a canção "I Feel Love", de Donna Summer, e isso teve uma influência profunda sobre a forma como eu percebia a música a partir desse ponto. Além disso, ela me levou em direção a uma maior valorização do Disco; agora o Chic estava ao lado de Clash em minha coleção de vinil. Estes elementos, fundiram-se com muitas outras referências estilísticas, formaram a base para o Duran Duran: a energia crua do punk, ritmos da discoteca, as batidas do eletrônico, e o estilo do Glam Rock, que já estava profundamente enraizado em nossa consciência. Era o manifesto de uma banda que finalmente definiu suas características e os distinguem de seus contemporâneos. De um modo geral, os artistas que surgiram ao longo deste período, tomando as suas influências a partir do mesmo conjunto de antecessores musicais. No entanto, não há dúvida de que, se todos os membros dessas bandas se reunissem, as opiniões sobre os méritos de tais artistas iriam variar enormemente. Dito isso, estou extremamente confiante de que haveria uma exceção: Concordamos de maneira unânime que David Bowie foi a influência fundamental comum em todos os nossos estilos musicais coletivos.