segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

ENTREVISTA DE SIMON LE BON PARA A SESSÃO ‘60 SEGUNDOS’ DO METRO NEWS UK

TEXTO ORIGINAL: publicado em 06 de fevereiro no jornal Metro News UK

POR: ANDREW WILLIAMS

TRADUÇÃO: DIANA DA CRUZ



Simon Le Bon, 56 anos, vocalista da banda Duran Duran. Famoso pelos hits dos anos 80 está de volta em uma apresentação no evento War Child





Por que você está apoiando a causa da War Child?
É uma instituição de caridade maravilhosa, a qual está fazendo um trabalho incrível sem engajamento político, de modo que na banda não temos quaisquer argumentos sobre o assunto, além do mais, vai ser divertido poder nos apresentar na Wilton’s Music Hall.

Quando foi a última vez que você se apresentou em um local pequeno como este?
Antes de iniciarmos a última turnê, fizemos alguns shows de aquecimento, mas os lugares tinham capacidade de lotação para 1.500 pessoas. Este tem capacidade para 300 pessoas, então você tem que mudar a sua maneira de apresentar-se. Pois, fazer gestos em demasia pode parecer exagerado.

Casas de shows pequenas são lugares assustadores para tocar?  
Sim. Esses locais são intensos. Você pode ver as retinas das pessoas. Você pode sentir o cheiro delas.

Qual é o pior show que você já fez?
Tocamos em um lugar chamado Captain Vídeo em Paris na nossa primeira viagem fora do território do Reino Unido, em 1980. Foi aterrador tocar para franceses que pensavam que eram muito mais descoladas do que nós. Um garoto decidiu dar uma de Tarzan, se pendurando em uma corda no palco e a cortina caiu. Eu tropecei em um fio e cai de bunda no chão na frente de todas essas pessoas, que estavam nos observando de braços cruzados.

Você é ainda amigo de todos os outros New Romantics?
Nós sempre fomos. Éramos amigos do Spandau Ballet. A imprensa tentou aumentar a rivalidade, mas os adolescentes são naturalmente competitivos. Se alguém diz que eles são mais descolados que você, seu instinto é ficar na defensiva e dizer: 'Na verdade, eles não são; nós é que somos mais descolados', mas quando a poeira abaixava, nós éramos amigos. Você tem que respeitar quem sobrevive por tanto tempo - Spandau Ballet, Boy George, Depeche Mode. Pareço com eles.

O que está acontecendo com o novo álbum?
O álbum está em processo de mixagem e não estamos com pressa. Algumas participações especiais estão sendo analisadas. Caso alguém se interesse, estamos disponíveis para assinar um contrato.

Vocês lançariam o álbum por conta própria?
É mais difícil. Estamos acostumados com o investimento e a promoção. É um aspecto do negócio que nós não queremos fazer por conta própria, pois você tem de tomar conta de tudo e corre o risco de esquecer o lado artístico. Nosso trabalho é escrever as músicas, gravá-las e apresentá-las. Não nos vemos como empresários.

É uma surpresa que vocês estejam sem um contrato?
Não, nos projetamos desta forma. Tivemos ofertas que foram boas e outras que não funcionaram tão bem. Fizemos contratos de curto prazo, porque queríamos liberdade. Não podemos ir a uma gravadora e dizer: 'Vamos fazer um álbum' - você tem que apresentar a música para eles. Bem, isso se você estiver no nosso lugar. Tenho certeza que se você for Lady Gaga eles vão te dar o que você quiser. Nós somos diferentes.

Você já foi surpreendido por alguém que tenha mencionado que o Duran Duran os influenciou?
Trent Reznor foi uma surpresa. Ele compareceu em nosso show disfarçado. Estou muito orgulhoso, que ele nos mencione como uma influência.



Quais são as versões favoritas de suas músicas e aquela que menos gosta?
A versão dos Sneaker Pimps da música Chauffeur e do Hole para Hungry Like The Wolf são as favoritas. Isso significaria citar a pior, mas houve algumas porcarias.

Você já ouviu sua música em algum lugar inesperado?
É uma surpresa quando você está assistindo a Sky Sports e eles tocam um trecho de Wild Boys.

Que lições foram aprendidas ao longo de sua carreira na indústria da música?
Que na verdade você nunca para. Jamais nos acomodamos e observamos tudo à distância - há algo que nos impulsiona em querer sair e fazer outro álbum. Pensei que neste momento da carreira estaria sentado, em uma praia, com a minha quarta esposa e com a minha quinta esposa em potencial me trazendo bebidas, eu dando ordens a todos e controlando tudo, mas esse não é o caso. O trabalho é árduo. O fato é que todos nós gostamos do que fazemos, vemos outras pessoas no centro das atenções do público e queremos estar lá também. Queremos voltar à estaca zero para resolver essa situação.



Os ingressos para o show do Duran Duran no Wilton Music Hall estão disponíveis no site: warchildpassport.org.uk/passport

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