sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Para rumores no despertar de uma multidão tão solitária


Eu estive fora da cidade, em uma viagem. Esta viagem foi repleta de atividades e quando havia uma chance de respirar, geralmente envolvia tentar pegar uma xícara de café para me aquecer ou alguma refeição. Assim, a Duranland (nota da tradutora: mundo Duran ou nossa comunidade de fãs) foi deixado de lado. Uma pausa como esta não é uma coisa ruim, pois pode renovar as energias e interesses ao retornar. Caramba, eu estava tão fora do circuito que eu tinha que ler o meu próprio blog para descobrir o que tinha sido falado!

Parece que as coisas sairam um pouco de controle desde que saí. Primeiro, temos tweets do TV Mania que ninguém pode realmente entender. E então, hoje, um boato começa a correr por aí sobre John Taylor estar deixando a banda. Relaxem, queridos leitores, este rumor já foi desmascarado pelo DDHQ (nota da tradutora: DDHQ = quartel general do DD ou como eles mesmos se referem aos canais oficiais do DD nas redes sociais), chamando-o de "mentira". De qualquer forma, o tema do post de hoje poderia ser sobre como é fácil rumores começarem a se espalhar, especialmente durante o tempo de inatividade da banda, quando nós (fãs) começamos a sentir como se não soubessemos o que está acontecendo. Nós começamos a especular sobre o que está acontecendo e rumores, às vezes, fornecem respostas para o desconhecido. Eu também poderia blogar sobre como as pessoas que mencionaram esse boato foram tratadas. No entanto, a maioria dessas trocas de farpas aconteceram enquanto eu estava no trabalho. Assim, tenho certeza de que eu perdi boa parte, se não a maior parte, do que aconteceu. Não, este blog vai ser simples, sobre minha reação a tudo isso.

Eu fiquei extremamente frustrada com este boato. Por quê? Fiquei frustrada por várias razões. Primeiro: por que, de todas as coisas que podem virar rumores, sempre tem que ser sobre o lugar do John na banda?! Sério?! O meu favorito?! Isso me dá um nó no estômago. E então, me frustrei com nossa comunidade de fãs. Por fim, eu estava simplesmente frustrada por não poder voltar tranquilamente à Duranland. O que eu precisava era de alguma coisa legal, alguma coisa interessante para ir me animado com o futuro... Algo para ficar pensando sobre todas as coisas fabulosas ligadas ao Duran. O que eu recebi foi o oposto. Eu não me via querendo entrar no Twitter ou Facebook para ver e ler sobre o que estava acontecendo. Eu me vi querendo evitar a Duranland. Eu não queria ter nada a ver com isso. Droga, ainda está difícil blogar hoje. Eu comecei três vezes e até agora eu me pergunto se o blog parece terrível, desinteressado, entediado, sem inspiração.

Eu sei que nosso mundo de fãs não é sempre um mar de rosas e eu não quero que seja. No entanto, eu não quero ler sobre rumores, especialmente rumores  perturbadores como estes, mesmo quando são desmentidos imediatamente. Eu também não quero ler sobre as reações das pessoas aos rumores ou aos debates que eu tenho certeza que este inspirou. Eu não quero ver o quão mal os fãs estavam tratando outros fãs. As vezes eu só quero enterrar a cabeça na areia e não ver ou ouvir qualquer comentário negativo. Eu não quero nenhum drama. Eu admito. Digam-me que não sou a única!

Parte do meu desejo de fechar os olhos para tudo isso é porque eu tinha uma grande viagem a fazer e essa viagem não tinha nada a ver com Duran. Assim, quando faço meu cérebro voltar à realidade, voltar à Duranland, eu não quero o lado ruim de ser Duranie. Eu preciso das partes divertidas de ser Duranie. Será que é pedir muito??

Para rumores no despertar de uma multidão tão solitária


Eu estive fora da cidade, em uma viagem. Esta viagem foi repleta de atividades e quando havia uma chance de respirar, geralmente envolvia tentar pegar uma xícara de café para me aquecer ou alguma refeição. Assim, a Duranland (nota da tradutora: mundo Duran ou nossa comunidade de fãs) foi deixado de lado. Uma pausa como esta não é uma coisa ruim, pois pode renovar as energias e interesses ao retornar. Caramba, eu estava tão fora do circuito que eu tinha que ler o meu próprio blog para descobrir o que tinha sido falado!

Parece que as coisas sairam um pouco de controle desde que saí. Primeiro, temos tweets do TV Mania que ninguém pode realmente entender. E então, hoje, um boato começa a correr por aí sobre John Taylor estar deixando a banda. Relaxem, queridos leitores, este rumor já foi desmascarado pelo DDHQ (nota da tradutora: DDHQ = quartel general do DD ou como eles mesmos se referem aos canais oficiais do DD nas redes sociais), chamando-o de "mentira". De qualquer forma, o tema do post de hoje poderia ser sobre como é fácil rumores começarem a se espalhar, especialmente durante o tempo de inatividade da banda, quando nós (fãs) começamos a sentir como se não soubessemos o que está acontecendo. Nós começamos a especular sobre o que está acontecendo e rumores, às vezes, fornecem respostas para o desconhecido. Eu também poderia blogar sobre como as pessoas que mencionaram esse boato foram tratadas. No entanto, a maioria dessas trocas de farpas aconteceram enquanto eu estava no trabalho. Assim, tenho certeza de que eu perdi boa parte, se não a maior parte, do que aconteceu. Não, este blog vai ser simples, sobre minha reação a tudo isso.

Eu fiquei extremamente frustrada com este boato. Por quê? Fiquei frustrada por várias razões. Primeiro: por que, de todas as coisas que podem virar rumores, sempre tem que ser sobre o lugar do John na banda?! Sério?! O meu favorito?! Isso me dá um nó no estômago. E então, me frustrei com nossa comunidade de fãs. Por fim, eu estava simplesmente frustrada por não poder voltar tranquilamente à Duranland. O que eu precisava era de alguma coisa legal, alguma coisa interessante para ir me animado com o futuro... Algo para ficar pensando sobre todas as coisas fabulosas ligadas ao Duran. O que eu recebi foi o oposto. Eu não me via querendo entrar no Twitter ou Facebook para ver e ler sobre o que estava acontecendo. Eu me vi querendo evitar a Duranland. Eu não queria ter nada a ver com isso. Droga, ainda está difícil blogar hoje. Eu comecei três vezes e até agora eu me pergunto se o blog parece terrível, desinteressado, entediado, sem inspiração.

Eu sei que nosso mundo de fãs não é sempre um mar de rosas e eu não quero que seja. No entanto, eu não quero ler sobre rumores, especialmente rumores  perturbadores como estes, mesmo quando são desmentidos imediatamente. Eu também não quero ler sobre as reações das pessoas aos rumores ou aos debates que eu tenho certeza que este inspirou. Eu não quero ver o quão mal os fãs estavam tratando outros fãs. As vezes eu só quero enterrar a cabeça na areia e não ver ou ouvir qualquer comentário negativo. Eu não quero nenhum drama. Eu admito. Digam-me que não sou a única!

Parte do meu desejo de fechar os olhos para tudo isso é porque eu tinha uma grande viagem a fazer e essa viagem não tinha nada a ver com Duran. Assim, quando faço meu cérebro voltar à realidade, voltar à Duranland, eu não quero o lado ruim de ser Duranie. Eu preciso das partes divertidas de ser Duranie. Será que é pedir muito??

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

CARTÃO POSTAL DE ROGER (Punta del Este)

Estive recentemente em Punta Del Este, Uruguai, por alguns dias, e tenho que dizer que é um dos lugares mais bonitos que visitei nos últimos anos. Punta é rica em beleza natural ... verde ... praias que vão por quilômetros e excelente clima. Eu geralmente venho para a América do Sul em janeiro, passar um tempo com a família, e mais importante, perder o mês mais frio do ano em Londres... Embora o 'culpômetro' tenha disparado quando vi o clima congelante que estava fazendo em casa, eu tenho que me lembrar o quanto a banda trabalhou ao longo dos últimos anos, e que realmente devemos desfrutar do nosso "tempo livre", sem muita auto flagelação. Eu, entretanto, trabalhei um pouquinho aqui! Discotequei em um evento na praia, e tive uma bela recepção do público, principalmente Argentinos - que me fizeram lembrar da nossa base de fãs italianos, sempre cheia de vida, entusiasmo, generosidade e lealdade enorme com a causa Duran Duran.

Pensamentos agora estão se voltando para iniciar o novo disco em março. Com os preparativos já em curso, há um entusiasmo palpável crescendo enquanto o tempo corre em direção ao início do 14º (sim, 14º) disco do Duran Duran.

Hasta luego
Roger X


CARTÃO POSTAL DE ROGER (Punta del Este)

Estive recentemente em Punta Del Este, Uruguai, por alguns dias, e tenho que dizer que é um dos lugares mais bonitos que visitei nos últimos anos. Punta é rica em beleza natural ... verde ... praias que vão por quilômetros e excelente clima. Eu geralmente venho para a América do Sul em janeiro, passar um tempo com a família, e mais importante, perder o mês mais frio do ano em Londres... Embora o 'culpômetro' tenha disparado quando vi o clima congelante que estava fazendo em casa, eu tenho que me lembrar o quanto a banda trabalhou ao longo dos últimos anos, e que realmente devemos desfrutar do nosso "tempo livre", sem muita auto flagelação. Eu, entretanto, trabalhei um pouquinho aqui! Discotequei em um evento na praia, e tive uma bela recepção do público, principalmente Argentinos - que me fizeram lembrar da nossa base de fãs italianos, sempre cheia de vida, entusiasmo, generosidade e lealdade enorme com a causa Duran Duran.

Pensamentos agora estão se voltando para iniciar o novo disco em março. Com os preparativos já em curso, há um entusiasmo palpável crescendo enquanto o tempo corre em direção ao início do 14º (sim, 14º) disco do Duran Duran.

Hasta luego
Roger X


domingo, 6 de janeiro de 2013

On Tour With Duran: Love Is The Drug


 Na estrada com o Duran: o amor é a droga



A segurança no Aeroporto de Tóquio foi a experiência mais intensa de checagem de bagagens pela qual já passei. Eu sempre carregava comigo uma caixa plástica de ferramentas que era a minha caixinha de truques "estar preparada para quaisquer eventualidade". Então, se os garotos tivessem uma dor de cabeça, tosse, resfriado, garganta inflamada, probleminhas com cabelo, um dedo cortado, uma costura desfeita, um botão despregado, eu estaria pronta. Eles não precisavam somente estar lindos, eles precisavam sentir-se bem. Certo?

A caixa também servia como um kit de maquiagem de palco, base compacta Kanebo era uma favorita da empresa e eu também carregava todo o tipo necessidades habituais de maquiagem que você encontraria em qualquer bolsa de maquiagem decente.

Para os oficiais japoneses do aeroporto, eu era obviamente olhada como uma traficante de drogas. Esse era o canal perfeito para disfarçar e transportar drogas ilegais. Eles olharam cada item, pegaram, desenroscaram as tampas, cheiraram.

"O que é isso?" ele perguntou.

"São comprimidos para dor de cabeça".

O rótulo por si mesmo não era convincente o bastante.

"O que é ísso?"

"Xarope para tosse"

"O que é isso?" 

"Cola"

Sim, eu estava preparada para qualquer eventualidade e então isso continuou até eles terminarem minha coleção inteira e finalmente deixarem-me ir depois de muito cheirarem e experimentarem e fazerem mil perguntas, procurando por trejeitos que dessem sinais de estorinhas de traficante sob pressão. Se eu estivesse com todo o trejeito é porque todo mundo já havia saido da alfândega e estavam esperando por mim do outro lado.

Os japoneses tinham um código comportamental bastante rígido que era esperado que as fãs seguissem. Os shows eram com assentos e sob nenhuma circunstância aos fãs era permitido levantarem-se e muito menos invadirem corredores. A segurança local mantinha-se inflexivel quanto as regras. As fãs se seguravam, mas parecia que elas estavam prontar para explodir. O que de fato veio a acontecer depois do show, quando elas se reuniram em um grande número do lado de fora da segurança, esperando para vislumbrar os seus galãs.  

Foi decidido que eu deveria sair em uma limousine pra disfarçar, então a banda poderia fugir por outra saída. Um dos roadies me acompanhou na traseira da limousine e tão logo nós saimos da segurança, fomos atacados. A limosine tinha japonesinhas paradas em torno dela, gritando no tom mais agudo que você possa já ter ouvido. Pense em vampiros, pense em horror. Nós não podiamos mover dado o número de corpos e faces amassados em cada centimetro do veículo. Realmente perigoso para elas e eu não estava 100% segura também, foi realmente claustrofóbico. Elas não conseguiam se conter, elas queriam a carne do Duran. Elas estavam fora de controle, toda a dignidade japonesa foi deixada de lado e a histeria reinou. 

Sair pra comer fora no Japão era nosso passatempo favorito. Havia um restaurante em Tóquio que tinha assentos estilo bancada em torno de alguns chefs que cortavam o alimento a uma velocidade vertiginosa. Você tinha que prestar atenção por que quando seu pedido estivesse pronto, o chef pegava sua pá de madeira, não muito diferente em aparência de uma pá de neve com um cabo extra-longo, lançava pela sala a comida em sua direção com um grito kamikaze, o que significava que você tinha que pegar a comida rapidamente. Creio que ele dissesse o nome da comida, mas ele dizia com tal paixão e por eu desconhecer o idioma japonês, tinha um efeito muito dramatical. Não é a experiência gastronômica mais relaxante, mas muito divertido.

Compras era outro passatempo favorito. Nick em particular abraçou a oportunidade de comprar mercadorias eletrônicas e equipamentos a preço baixo, as roupas eram coloridas e bem cortadas, nós todos encontramos uma camiseta ou duas bem legais e os quimonos de seda eram presentes lindos para trazer na mala. Sim, nós amamos fazer compras.  Enquanto eu estava fazendo compras com Nick em Tóquio, trombamos com David Sylvian, lider do Japan, lá no Japão. Nós realmente presumimos que ele amasse o lugar. Nós também.

Amanda.
x

Traduzido por Lu Spi
Texto original:


On Tour With Duran: Love Is The Drug


 Na estrada com o Duran: o amor é a droga



A segurança no Aeroporto de Tóquio foi a experiência mais intensa de checagem de bagagens pela qual já passei. Eu sempre carregava comigo uma caixa plástica de ferramentas que era a minha caixinha de truques "estar preparada para quaisquer eventualidade". Então, se os garotos tivessem uma dor de cabeça, tosse, resfriado, garganta inflamada, probleminhas com cabelo, um dedo cortado, uma costura desfeita, um botão despregado, eu estaria pronta. Eles não precisavam somente estar lindos, eles precisavam sentir-se bem. Certo?

A caixa também servia como um kit de maquiagem de palco, base compacta Kanebo era uma favorita da empresa e eu também carregava todo o tipo necessidades habituais de maquiagem que você encontraria em qualquer bolsa de maquiagem decente.

Para os oficiais japoneses do aeroporto, eu era obviamente olhada como uma traficante de drogas. Esse era o canal perfeito para disfarçar e transportar drogas ilegais. Eles olharam cada item, pegaram, desenroscaram as tampas, cheiraram.

"O que é isso?" ele perguntou.

"São comprimidos para dor de cabeça".

O rótulo por si mesmo não era convincente o bastante.

"O que é ísso?"

"Xarope para tosse"

"O que é isso?" 

"Cola"

Sim, eu estava preparada para qualquer eventualidade e então isso continuou até eles terminarem minha coleção inteira e finalmente deixarem-me ir depois de muito cheirarem e experimentarem e fazerem mil perguntas, procurando por trejeitos que dessem sinais de estorinhas de traficante sob pressão. Se eu estivesse com todo o trejeito é porque todo mundo já havia saido da alfândega e estavam esperando por mim do outro lado.

Os japoneses tinham um código comportamental bastante rígido que era esperado que as fãs seguissem. Os shows eram com assentos e sob nenhuma circunstância aos fãs era permitido levantarem-se e muito menos invadirem corredores. A segurança local mantinha-se inflexivel quanto as regras. As fãs se seguravam, mas parecia que elas estavam prontar para explodir. O que de fato veio a acontecer depois do show, quando elas se reuniram em um grande número do lado de fora da segurança, esperando para vislumbrar os seus galãs.  

Foi decidido que eu deveria sair em uma limousine pra disfarçar, então a banda poderia fugir por outra saída. Um dos roadies me acompanhou na traseira da limousine e tão logo nós saimos da segurança, fomos atacados. A limosine tinha japonesinhas paradas em torno dela, gritando no tom mais agudo que você possa já ter ouvido. Pense em vampiros, pense em horror. Nós não podiamos mover dado o número de corpos e faces amassados em cada centimetro do veículo. Realmente perigoso para elas e eu não estava 100% segura também, foi realmente claustrofóbico. Elas não conseguiam se conter, elas queriam a carne do Duran. Elas estavam fora de controle, toda a dignidade japonesa foi deixada de lado e a histeria reinou. 

Sair pra comer fora no Japão era nosso passatempo favorito. Havia um restaurante em Tóquio que tinha assentos estilo bancada em torno de alguns chefs que cortavam o alimento a uma velocidade vertiginosa. Você tinha que prestar atenção por que quando seu pedido estivesse pronto, o chef pegava sua pá de madeira, não muito diferente em aparência de uma pá de neve com um cabo extra-longo, lançava pela sala a comida em sua direção com um grito kamikaze, o que significava que você tinha que pegar a comida rapidamente. Creio que ele dissesse o nome da comida, mas ele dizia com tal paixão e por eu desconhecer o idioma japonês, tinha um efeito muito dramatical. Não é a experiência gastronômica mais relaxante, mas muito divertido.

Compras era outro passatempo favorito. Nick em particular abraçou a oportunidade de comprar mercadorias eletrônicas e equipamentos a preço baixo, as roupas eram coloridas e bem cortadas, nós todos encontramos uma camiseta ou duas bem legais e os quimonos de seda eram presentes lindos para trazer na mala. Sim, nós amamos fazer compras.  Enquanto eu estava fazendo compras com Nick em Tóquio, trombamos com David Sylvian, lider do Japan, lá no Japão. Nós realmente presumimos que ele amasse o lugar. Nós também.

Amanda.
x

Traduzido por Lu Spi
Texto original:


On Tour With Duran: Push Your Luck

Na estrada com o Duran: desafie sua sorte




Meu pai era um homem de apostas, assim como eram seu pai e seu avô. Então, quando meu irmão Michael hipotecou sua casa por 20 mil para financiar uma vaga como banda de abertura para o Duran na turnê da Hazel O'Connor parecia uma coisa perfeitamente certa e razoável a fazer. Foi uma aposta, não há dúvida sobre isso, não havia nenhum contrato de gravação a vista, não havia garantias.

Meus irmãos Paul e Michael eram proprietários e administradores de uma casa noturna de sucesso em Birmingham, chamado The Rum Runner. Meu pai tinha originalmente aberto o clube e cassino no início da década de 1960. Então, no final dos anos setenta, quando a discoteca estava no auge, o clube voltou a ser o lugar certo para frequentar.

No início eu não prestei muita atenção ao fato de meus irmãos estarem administrando/produzindo uma banda. Eu via os meninos no clube, a gente meio que se esbarrava. Nós éramos de mundos diferentes. Eu nunca havia conhecido uma banda antes! Eles poderiam muito bem ser alienígenas.

A turnê O'Connor acabou por ser um risco que valeu a pena ter corrido, a exposição garantiu um contrato com a gravadora EMI. O álbum de estréia chegou ao nº 3 nas paradas britânicas e Girls on Film chegou ao nº 5. Todo mundo saiu ganhando.

Meus irmãos me ofereceram um emprego na turnê britânica, que eu prontamente aceitei. Eu estava empregada como parte de uma equipe de merchandising, e quando eu digo equipe me refiro a duas pessoas, e por £ 70 por semana  eu também deveria, como Paul disse, "Manter os caras apresentáveis". Eu me diverti muito durante algumas semanas e eu ainda tive a oportunidade de dirigir um caminhão.

A Duran mania tinha começado. Com garotas gritando e chorando em todos os lugares que íamos, era impossível não comparar o Duran com os Beatles. Os meninos do Duran vendiam-se com toda sua inerente sagacidade e encanto como os Fab Four e isso funcionou com as fãs como um sonho.

No final da turnê a banda decolou para Deus sabe onde e eu me mudei para Londres, arrumei um apartamento para dividir e um trabalho como garçonete em Covent Garden. As semanas se passaram e uma noite recebi um telefonema no restaurante. Era Paul, "Você consegue estar pronta para voar para os EUA em três dias? O figurino está um caos. Precisamos de você para resolver isso".

Então eu me demiti do meu trabalho no restaurante na hora. A EMI me contratou com funcionária, a fim de obter um visto de forma rápida e organizada, e alguns dias depois peguei um táxi para o aeroporto de Heathrow para me encontrar com a banda e equipe. Embarcamos no avião e fomos para Nova York.

Na chegada, nos jogamos nas limousines e fomos para a cidade. Eu estava emocionada por estar embarcando nesta aventura e me lembro de me pendurar para fora da janela, olhando para os arranha-céus acima de nós, acenando para estranhos e gritando "Olá!" enquanto a limousine seguia. Os meninos me pediram para voltar para dentro da limousine e me comportar, o que fiz relutantemente, mas meu espírito queria gritar para o povo de Nova York: "Olhe para mim, eu amo meu trabalho".

Dito isto, os  requisitos do trabalho no dia-a-dia eram bastante mundanos. O nome do meu cargo era "garota do guarda-roupa", "supervisora de figurino" seria o termo politicamente correto utilizado nos dias de hoje. Essencialmente era um monte de lavar e passar roupas, eu visitei um monte de lavanderias, coisa bem rotineira, exceto por uma vez, quando estávamos em Detroit.

Era dia de lavar roupas e eu precisava encontrar uma lavanderia, então o hotel pediu um táxi para mim e instruiu o motorista para me levar lá. Nós dirigimos alguma distância, para um bairro na periferia da cidade, e ele me largou com meus dois sacos de roupa na calçada em frente à lavanderia. Eu acho que seria justo dizer que esta lavanderia não era geralmente frequentada por brancos (nota da tradutora: provavelmente em algum gueto barra pesada na periferia de Nova York, de maioria negra, onde brancos não eram bem-vindos. Pode parecer discriminatório a primeira vista, mas se ainda hoje nos EUA a questão étnica e o preconceito não estão bem resolvidos, e os "bairros negros" são considerados extremamente violentos, imaginem no início dos anos 80). Fiz uma pausa para considerar as minhas opções, mas o táxi já havia ido embora. Então, eu entrei e enchi as máquinas. Verifiquei a rua mais uma vez, sim, definitivamente, a única pessoa branca no quarteirão. Voltei para dentro, tentando não chamar a atenção, seria justo dizer que me senti completamente vulnerável naquele bairro.

Veja você, eu era de Solihull (nota da tradutora: cidade cerca de 15km ao sudeste de Birmigham). Para aqueles que não sabem de Solihull, deixem-me esclarecer. Era um pedaço da Inglaterra incrivelmente seguro, povoado pela classe média branca, cercado por um cinturão verde onde se podia passar o tempo. A única vez que me senti insegura foi no Waltzer (clique no link para ver o brinquedo) quando o parque de diversões veio para a cidade! 

Enquanto isso, em Detroit, eu tinha terminado, dobrado e empilhado as roupas em cinco pilhas individuais, me achando a Branca de Neve. Eu me aventurei de volta na rua, nenhum um táxi à vista. Nenhum telefone  público nem telefone celular. Eu fiquei como um limão ao lado da estrada, estava ficando tarde. A banda já deveria estar no local do show e eu deveria estar lá preparando suas roupas de palco para o show naquela noite, mas eu estava presa. Merda!

Tínhamos chegado de Nova York, onde tinham nos alertado para não usarmos o metrô de maneira alguma, dia ou noite, que estaríamos pedindo para ter problemas, não seria seguro. Havia uma boa chance de sermos assaltados e talvez esfaqueados ou até mesmo baleados.

Merda! Havia perigo em Detroit? Sim! Muito provavelmente! Merda!

Em seguida, me esgueirando até uma rua próxima, cruzando o bairro, vejo um carro da polícia vindo. Eu rapidamente desci da calçada para a rua, acenando freneticamente os braços e talvez até pulando. A polícia parou. Eu expliquei meu dilema para eles e eles gentilmente me deram uma carona até o local do show. Será que existe alguém mais aliviada ao ser pega pela polícia e transportada na parte traseira de um carro da polícia?

Às vezes faltavam algumas meias, você sabe como são as máquinas de lavanderia, elas comem meias. Uma vez sugeriram que eu poderia estar mantendo um negócio paralelo, vendendo meias e cuecas para as fãs. Eu certamente teria encontrado compradoras. É claro que também seria razoável supor que haviam sido esquecidas sob camas de hotel de vez em quando.

Amanda.