quarta-feira, 21 de maio de 2014

Bonus Track! Mark Ronson FOI POR TODA SUA VIDA UM FÃ DO DURAN DURAN

TEXTO ORIGINAL: http://www.duranduran.com/wordpress/?s=mark+ronson&cat=5

TRADUÇÃO: DIANA DA CRUZ



14 de maio de 2014 


Nota do editor Lori Majewski: Qualquer um que me conhece sabe que eu sou um Duranie obstinado. E se você realmente me conhece, você provavelmente está ciente de que eu editei um fanzine relembrando os dias do Duran Duran, Too Much Information: o Definitive Duranzine. Entrevistar Mark Ronson para Mad World me lembra dos meus anos de formação em jornalismo, quando eu perseguia muitas celebridades apenas para perguntar-lhes sobre suas músicas favoritas do Duran Duran, membros e memórias. Alguns, como Jared Leto, que franziu a testa e disse: "Não podemos falar sobre Nirvana em vez disso?" Outros, como Claudia Schiffer e Trent Reznor, foram felizmente obrigados. Mark Ronson pertence a esse segundo grupo. Quando liguei de casa para ele, tivemos uma conversa entre fãs companheiros. O que se segue é uma "versão estendida" das citações de Mark que apareceram em nosso livro...



MAD WORLD: Quais são as suas primeiras lembranças do Duran Duran?

Mark Ronson: Eu estava na quarta série e nos inscrevemos para que pudéssemos tocar "Wild Boys" no show de talentos. Eu designei a todos suas funções, e ensaiamos juntos duas vezes, nunca com toda a banda na mesma sala. Pensávamos tudo ia dar certo, mas foi um desastre. O saxofonista saiu e estava tocando a música tema de Fame. Voltamos para a sala de aula depois, e o professor acabou conosco: "Vocês são uma vergonha! "Eu não sei como  tivemos a audácia de pensar que iríamos ser aceitos. Sorte que éramos os mais velhos da turma na escola, então, pelo menos, não haveria crianças que pudessem jogar coisas em nós. Além disso, meu padrasto estava no Foreigner, desta forma, ele tinha muitos amigos os quais eram estrelas do rock’ n’ roll. Lembro-me de uma noite que me disseram que John Taylor estava chegando, minha irmã gêmea e eu ficamos atordoados devido ao sono, pois estávamos tentando ficar acordado até tarde para vê-lo. Tenho certeza de eu tinha poucos pôsteres na parede.



MW: Como a banda influenciou no seu trabalho?

MR: Há certas músicas que você ama quando você é jovem, na verdade, você não precisa explicá-las; elas são apenas músicas pop de boa qualidade. E depois há as coisas que realmente são emocionantes, por exemplo, agora me encontro com a maioria deles, quando olho para trás, posso entender como eles me influenciaram. Acho que a principal coisa com Duran Duran foi que eles tinham uma sonoridade muito próxima do Chic. Há um incrível mash-up¹ feito por alguém e postado no You Tube onde "Le Freak" e "Girls On Film" se complementam. Eles têm a mesma sintonia! Isso mostra como de fato John foi influenciado por Bernard Edwards. Quero dizer, uma coisa é ser influenciado, outra é a capacidade de conseguir evocar o espírito da sonoridade. Há um monte de pessoas que são influenciadas por Jimi Hendrix, que tocam guitarra, mas existe poucas pessoas que podem fazer você pensar nele enquanto tocam. John e Roger trouxeram a tona o que há no Chic com Bernard Edwards e Tony Thompson.




MW: Houve uma avalanche de artistas new-wave interessantes nos anos 80. O que distingue o Duran Duran dos demais grupos desta época?

MR: Eles tinham as melhores músicas. Outras coisas definitivamente os ajudaram - sem dúvida eles tinham o melhor visual – porém isso somente reforçou essa ideia. Eles podiam tocar seus instrumentos. John é o único que é um grande obstinado fã de música, que estava empurrando-os, dizendo: "Tudo bem, temos que ser grandes e soar progressivos", Nick é o cérebro conceitual, Simon tinha essas melodias incríveis e uma voz tão singular e Roger é um dos maiores bateristas com agilidade e ritmo, com quem já gravei. Infelizmente, eu nunca cheguei a trabalhar com Andy; encontramos-nos (em 2012) e saímos algumas vezes, mas essa foi a primeira vez que eu o conheci.



MW: Você produziu o álbum do Duran Duran em 2011, All You Need is Now. O que você achou de trabalhar com seus ídolos?


MR: Eles são muito progressivos. Todos na banda estão sintonizados na música atual, música progressiva de verdade. Você poderia falar com John por 45 minutos sobre uma mixtape² de Diplo³. Ele é muito atento e ligado com o que está acontecendo. Isso é bastante evidente devido ao fato das pessoas com quem eles trabalharam nos últimos 10 ou 12 anos: Dallas Austin, Timbaland e Justin Timberlake.



MW: Mas foi você quem os guiou em direção a suas raízes new-wave e estilo de tocar no álbum Rio.

MR: Talvez de uma maneira um pouco egoísta, eu – e a maioria das pessoas ao meu redor, sendo músicos ou amigos fãs incondicionais - apenas queriam que cada um do Duran Duran pudesse reproduzir sua própria identidade. Eu (tinha) de abordar esse assunto com eles, sem tentar fazê-los sentir como se estivessem dando um passo para trás. Tratava-se de levá-los de volta a essência de quando eram jovens impetuosos fazendo esses sons e não ter medo ou do excesso em pensar nisso. Aprendi muito ao realizar esse album, especialmente do Nick sobre sintetizadores, quem me atualizou sobre o seu mais recente álbum solo (sua coleção) e o álbum de Bruno Mars (Unorthodox Jukebox) o qual trabalhei.



MW: Em Mad World, John dá a você os créditos ao ajudá-lo a obter o seu “groove” de volta. Como foi isso?

MR: Enquanto músico, John é muito modesto. Eles foram rotulados por serem garotos bonitos - as pessoas esquecem que eles podem realmente tocar. Estava em turnê, tecnicamente um pouco como assistente, com um grande amigo meu Stuart Zender do Jamiroquai, que é considerado um dos melhores baixistas de sua geração. Fizemos um show de abertura para o Duran Duran, e Stuart, eu nunca tinha visto ele assim - estava um pouco impressionado. Ele disse: "Eu costumava treinar os solos de baixo tocando "Rio" o tempo todo!”.



MW: O que faz de "Girls On Film", ser considerada uma canção original?

MR: Aquela seção rítmica incrível. Assim sendo a espinha dorsal da música é, para mim, perfeita. Depois de ter esse incrível riff de guitarra - não há nada além disso! É como na música de Les Paul que usou um Marshall. É como Steve Jones, qualquer coisa, tal como uma justaposição e combinação do ritmo. Na verdade ninguém os colocou juntos. Então você tem esse incrível pano de fundo que vinha de Nick Rhodes, as (letras) que (são) sobre sexo - que é o home run4 o que está ali! Porém, não é só sobre sexo: A música é sexy. É uma combinação de arrebentar. Obviamente, isso não foi premeditado. Eles não disseram, “Tudo bem, se pudermos colocar isso aqui e ali, como se estivessem fazendo misturas no laboratório”. E magicamente está pronto. Na verdade é a soma das partes as quais você só tem o conhecimento quando ouve os primeiros acordes e as vozes durante o processo de gravação. Quando acontece a química entre a guitarra e o ritmo.



MW: Quais são as suas músicas favoritas do Duran Duran?

MR: Save a Prayer, The Chauffeur, The Reflex, Notorious, Lonely in Your Nightmare. E então você vai a um show e vê 20 mil pessoas cantando “Ordinary World”, e isso lhe comove, e você percebe, "Oh, outra grande canção!"


    Cortesia Mad World Book



Observações importantes: 


  1. Mash-up: é do que a combinação de dois ou mais vídeos, sem relação nenhuma entre eles, tendo como resultado um novo vídeo. http://imprensarocker.wordpress.com/2010/11/04/voce-sabe-o-que-e-um-mashup/

  1. Mixed tape: é uma compilação de canções, normalmente com copyright e adquiridas de fontes alternativas, gravadas tradicionalmente em cassete. As canções podem encontrar-se de forma sequencial ou agrupadas por características comuns como ano de publicação, gênero e outros aspectos mais subjetivos. Como consequência também tem surgido mixtapes de vídeos. http://pt.wikipedia.org/wiki/Mix_Tape


  1. Diplo: Thomas Wesley Pentz, Diplo é produtor, compositor, artista, DJ, empresário, diretor, inovador, ícone cultural e, acima de tudo, um lançador de tendências musicais.  http://monkeybuzz.com.br/artigos/2538/de-produtor-a-icone-cultural-conheca-diplo/


  1. Home run: No beisebol, home run (denotado HR) é uma rebatida na qual o rebatedor é capaz de circular todas as bases, terminando na casa base e anotando uma corrida (junto com uma corrida anotada por cada corredor que já estava em base), com nenhum erro cometido pelo time defensivo na jogada que resultou no batedor-corredor avançando bases extras. O feito é geralmente conseguido rebatendo a bola sobre a cerca do campo externo entre os postes de falta (ou fazendo contato com um deles), sem que ela antes toque o chão. http://pt.wikipedia.org/wiki/Home_run


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